JEREMIAS
O PROFETA JEREMIAS
Texto: “Veio à palavra do Senhor a mim, dizendo: Antes que Eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei, constituí-te por Profeta as nações” (Jr 1.4,c).
Introdução:
Especulações: Por que o profeta Jeremias é chamado de chorão? Lembrando que isto é uma ideia teológica. Não esta, escrito que Jeremias, era o profeta chorão. Essa questão foi atribuída a ele por razões obvias que serão vistas na sua história.
O livro de Jeremias de acordo com a vulgata latina é chamado de “Profecias de Jeremias”. Bom! Na nossa tradução: é simplesmente Jeremias. O correlato das descrições afirma que o livro é o mais importante entre os profetas, a ordem seria: Jeremias, Ezequiel, Isaías e os doze menores. Mais não é assim que aparece. Seu livro é visto, sim, como o segundo livro maior.
Jeremias significa: “O Senhor é Exaltado”. Note: Jeremias começou a profetizar cerca de 70 anos depois da morte de Isaías. Seu tempo de atuação soma-se mais de quarenta anos. A quem diga que seu tempo de atuação durou 50 anos. O mesmo começou a ser usado pelo Senhor nesta área por volta do ano 629 a.C. No decimo terceiro ano de Josias. O que me chama a atenção nessa história é que Josias vai começar a Reinar com oito anos de idade. Se Jeremias vai começar a se usado no terceiro ano de seu reinado então o jovem rei estava com 11 anos. Sim! Jeremias além do tempo de Josias profetizou ainda nos períodos de Jeoaquim e Zedequias. Foi contemporâneo de Sofonias e Habacuque. Ainda no final de carreira contemporizou-se a Daniel e Ezequiel. Claro que estes dois estavam focados nas terras de Babilônia, e não junto a Jeremias.
Sim! No Seu tempo: Três nações disputavam o poder mundial.
1- Assíria: (esta nação na época era o Império em evidencia potencializado, enfraquecendo mais ainda o era).
2- Egito: (Que queria tomar de volta seu poder de império, embora neste tempo estivesse se fortalecendo, o que indicava que seria novamente uma potencia mundial, Graças a ideia de Psammético rei do Egito na época, que uniu as tribos criando um governo forte e poderoso, isto durante o reinado de Manasses em Judá).
3- Babilônia: (Note: O Egito lutava para readquirir o poder que perdera, e se achava forte pra readquiri-lo, Neco herda uma nação fortalecida). A Assíria por sua vez estava enfraquecendo, e a Babilônia se fortalecendo e crescendo, abate a Assíria, e dois anos depois vai abater o Egito que nesta época estava sendo regido pelo Faraó Neco.
Só uma observação: Neco o Faraó do Egito havia derrotado Josias em Carquemis no vale de Megido e assumido o controle sobre Judá (2 Cr 35.20,22). Nabopolassar sai a guerra contra o Egito. Em 609 a.C. Os mesmos se firmaram em Carquemis por cerca de quatro anos. Neste mesmo lugar babilônia, veio a eles e os derrotaram. Com esta façanha Jerusalém é subjugada. E Jeoaquim é nomeado rei por Nabopolasar. Algum tempo depois Jeoaquim resolve fazer aliança com o Egito para não se subjugar a Babilônia. Nesta período Nabucodonosor é enviado ao Egito para aplacar a revolta. Deixando claro quem é que manda. Neste Período Jeremias vai ser bem atuante. Pois Nabupolasar morre e seu filho Nabucodonosor, já volta do Egito como rei do império Babilônico. Sem saída e sem querer se render, Jeoaquim vai dar ouvidos a profecias falsas. Teme as de Jeremias, mais não obedece à ordem profética. O que lhe custou à vida. Por conta disto babilônia cerca Jerusalém (605 a.C). Derrota a cidade e leva a nobreza de Judá cativa. (Pags. 66,67).
*A Quase similaridade entre Isaías e Jeremias é vista no auge das profecias sobre estas nações. Isaías profetiza avisos, Jeremias exortações, Isaías uma esperança, Jeremias uma solução. (Que nem sempre é do jeito que queremos).
1- Pra finalizar: Isaías, quando escreveu repreensões a Israel, o fez com “Pena de fogo”. (disse certo escritor). Então ao terminar suas repreensões, rompeu em êxtase vendo a restauração que haveria de vir.
2- Já Jeremias escreveu com lagrimas, sim, ele também contemplou o mesmo fim glorioso da nação, mais não foi suficiente para arrancar a tristeza que o abatia por conta dos pecados de Israel. Lembrando que: o que Judá e Benjamim estavam vivendo naquele momento era o mesmo fatídico fim que Israel já havia visto antes. Jeremias lutou, para Judá não ter o mesmo fim. Mais já era impossível. Era o próprio Deus que estava intervindo agora como juiz. E as nações, suas ferramentas de concerto. Eis a razão por que ele se chama “o profeta das lagrimas”. A dor de vê seus patrícios partindo por conta da rebeldia de seus corações. (Fonte: O.S.BOYER- Pequena Enciclopédia bíblica).
-Jeremias Sacerdote de nascimento.
O sacerdócio fazia parte da vida de Jeremias desde seu nascimento. Estava no seu DNA a chamada sacerdotal. Seu Pai Hilquias era Sacerdote em Anatote, um pequeno povoado da tribo de Benjamim. Situado a quatro Km e Meio ao norte de Jerusalém.
Segundo a história: Este povoado era residência de Levitas e sacerdotes. E tudo indica que seu pai então era Sumo Sacerdote. A Expressão “Sumo”: indica “maior, chefe, aquele que lidera”.
O que comprova isto? A ligação que este tinha com o jovem rei Josias, o qualificava como líder sacerdotal do povo.
*Veja por que: Este mesmo sacerdote foi quem achou o livro da Lei do Senhor que estava perdido no templo (2º Rs 22.8). Este episódio estava acontecendo em seus primeiros anos de Reinado. E Hilquias aqui era o Sumo Sacerdote do Senhor. Então isto evidencia Jeremias como sacerdote de linhagem nobre e de família sacerdotal. E como tal estava em seu destino ser sacerdote. *Vamos vê isto no capitulo de nº 1 de seu livro mais adiante.
-O Período Histórico das Profecias de Jeremias.
Este é o mais conturbado período da história de Judá. Começa no reinado do menino rei Josias e se estende até Ezequias. Onde o profeta vai assistir seu povo sendo conduzidas as terras de Babilônia.
-Considerações sobre o livro.
Jeremias é um dos profetas, que mais expressa sua humanidade. Falava o que lhe vinha ao coração, revelava sua dor, sua tristeza, sem economias. Em algumas partes parece discutir com Deus sobre os acontecimentos que viriam sobre o povo.
Veja a ousadia dele: O Autor vai dizer que ele chegou a acusar Deus de ser injusto.
Por que?
Os Ímpios prosperavam, os falsos profetas resistiam firmemente às ordens Divinas. E por conta disto: Ele se tornava motivo de escárnio e zombaria. (Cap.20.7). Tudo por que uma de suas principais diretrizes, oriundas da Divindade plena Yavé era.:
*Anunciar a queda de Jerusalém.
Mais como a maioria de nós, Jeremias, não estava preparado para o fracasso. Quando foi amarrado ao tronco. Acusou Deus de engana-lo (20.2,7,18). Chegou a cogitar a ideia de abandonar o santo ministério. Uma fraqueza comum no ser humano quando pressionado, ou quando se sente pressionado.
*Mais vale dizer: Jeremias tal qual Paulo era um prisioneiro da vontade de Deus. Não conseguia se livrar das correntes da misericórdia Divina. Nem das correias da graça de seu Senhor.
Em sua vida Jeremias enfrentou diversos desafios.
-1 A forte resistência do povo. (Cap.26.7,8ss).
- -2 Os falsos profetas que insistiam em desmentir suas verdades e colocar o povo contra ele. (Cap.23).
- -3 Os Sacerdotes se avultavam em seus delitos e não impediam o povo de pecarem aleivosamente.(Cap.20;28).
3-4 E como se não bastasse o rei Jeoaquim, toma posturas que vão de contra a vontade de Deus. E culpando Jeremias. Fato que até os oficiais do rei também instigaram-se contra Jeremias. O Mesmo num determinado momento da historia mandou queimar os rolos proféticos de Jeremias (Cap.36). Neste momento Baruque é chamado a reescrevê-los. Algumas profecias são repetidas: Isto é feito como forma de atenção.
Ver (pag. 69). O quadro das profecias repetidas. *Resumo do Cap.1 ao 10.
Primeira Parte do Livro de Jeremias.
I- O chamado de Jeremias. (Cap. 1).
Cronologia da história de Jeremias. (vv. 2,3).
Como Já foi visto o mesmo iniciou-se como profeta no 13º ano do reinado de Josias (já vimos isto). Vamos lá Josias começa a reinar com oito anos de idade. Jeremias começa a profetizar quando mesmo estava com 11 anos. O rei Josias reinou 31 anos, logo Jeremias atuou em seu Reino 20 anos. Pois o mesmo veio a morrer na batalha de Carquemis nas mãos de Neco, no Vale de Megido (2ª Cr 35.20. (Já citado). Após sua Morte Joacáz assume o trono mais só reina durante três meses. Pois Neco o aprisiona e coloca em seu lugar a Eliaquim, a quem chamou de Jeoiaquim. (2 Rs 23.31-37; 2Cr 38.1-4). Jeoiaquim Reinou 11 anos em Jerusalém. Nesta Época Nabucodonosor subiu contra ele (pois já havia subjugado o Egito), Subjuga Judá e Amarra Jeoaiaquim com cadeias de bronze com previsto por Jeremias e o conduz cativo a Babilônia. Em seu lugar deixou Joaquim (também só reina três meses); (2 Cr 36.5-8;Jr 36ss). Mais este logo vai ser substituído por Zedequias. Este também reinou 11 anos e conspirou contra Nabucodonosor. Foi levado a Babilônia e ficou encarcerado até o dia de sua morte (Jr. 52.11). Então tudo o que previra Jeremias teve êxito (2 Cr.17-21).
Note: Seguindo essa ordem cronológica ver-se que só aqui foi 41 ano de ministério exercido pelo profeta. Porém mesmo depois destes acontecimentos ele ainda continuou por algum tempo exercendo a chamada.
Um chamamento (chamado) especifico e peculiar. (vv.4-10). Jeremias era um Jovem residente de Anatote, cujo Pai exercia o sacerdócio como líder sacerdotal. (como já foi dito). Seu destino ser “SACERDOTE”. Mais ao completar 23 anos Deus o consagra Profeta e o coloca como Edificador e abatedor de nações. Jeremias é o martelo de Deus esmiuçando a pedra da impiedade dos corações pecadores.
Seu chamado é muito antes do mesmo começar a se formar no ventre materno. Para que o mesmo não tivesse dúvidas quanto à vocação Divina. O peso da chamada vai fazer Jeremias recuar e se justificar. Dizendo que era uma criança, para exercer tão grande responsabilidade. Mais Deus não estava interessado nas desculpas do jovem. Nem nas de ninguém até hoje, afinal Ele é Deus. Falou Ele, esta, falado e pronto.
Após entender que não adiantaria argumentar com Deus as suas desculpas, pois Deus deixa claro que ele, (o profeta) seria seu instrumento. Em seguida o mesmo já condicionado visualiza dois fatos.
As visões de Jeremias (vv.11-19).
Temos aqui duas bem significativas.
A vara de amendoeira.
A Panela Fervendo no fogo.
1-ª A primeira: é uma alusão à fidelidade Dele (Deus) em relação a sua palavra.
Veja Por que: Deus usa uma linguagem simbólica para falar de “Zelo”.
Como assim?
Veja: Amendoeira do “(Hebraico) Shaqed” parafraseia o sig. De “Velo”. Tradução “Velo vem do verbo “Velar”“. Que significa: “esta atento, vigilante”.
Obs: Quem faz isto esta Zelando. E quem Zela esta, cuidando, era exatamente o que Deus estava mostrando ao jovem profeta: Zelo para fazer cumprir.
*Agora uma descrição plausível em relação à Amendoeira: esta era uma árvore que florescia antes das folhas aparecerem. Ela se antecipava aos acontecimentos naturais. Justamente o que Deus é exper em fazer. Antes mesmo de pensarmos, Deus já sabe. Assim como a amendoeira antes da primavera chegar já estava florida; Assim era Deus. Dizendo ao profeta, antes que eles se dispersem, Eu estou aqui para fazer cumprir minha vontade. Amém!
2-ª A segunda: Uma panela fervendo: A Direção da panela “Norte”. Era de onde Deus haveria de suscitar nações ensandecidas como uma panela sob o fogo fervendo. As mesmas viriam sobre a nação escolhida para se fazer cumprir a vontade de Deus. E concerta-los no calor da pressão que sofreriam diante delas. Sentiriam falta de Deus, da lei e da sua graça.
II- O amor de Deus e a insistente desobediência de Israel. (Cap. 2-6).
Estamos ainda no reinado do jovem rei Josias, Jeremias começa sua saga profética aqui. Neste período seguindo os argumentos do autor: o jovem profeta vai aproveitar o tempo de paz e restauração que o povo estava vivendo para que os mesmos votassem o foco de suas vidas para Deus, arrependendo – de seus erros (pecados).
Perguntas amorosas de Deus ao povo (vv.1-8).
Antes das perguntas, três afirmações e duas retóricas:
1-*Afirmações: Diz a eles que Eu (O Senhor), lembro quando ainda eram: 1º- Jovens. 2º- Consagrados a mim. Isto Deus esta afirmando,
2- *Retoricas: 1ª- Ouvi a palavra do Senhor... Era uma alerta.
2ª- Que injustiça acharam em mim... Veja bem: parece uma pergunta, mais não é; Deus esta mostrando que sem motivo se distanciaram após outros deuses, anulando-se a si próprio em seus erros diante Dele.
As perguntas: 1ª - Por que perguntam onde esta o Senhor que os fez subir do Egito?
2ª - Que os guiou no ermo do deserto, onde havia morte sequidão e trevas, terra onde ninguém transitava? Com esta fala Deus faz uma...
*3ª- Afirmação: Eu os introduzir em uma terra Fértil... Com esta afirmação vem uma 3ª - Pergunta: Até os sacerdotes ousam perguntar onde esta o Senhor?
Estas falas oriundas de Deus exigiam que eles (o povo) desse um motivo para tantas perguntas infundadas. Por que esta também era uma pergunta de Deus a toda a congregação Israelita. “Deem-me um motivo”? Como Sempre o homem nunca irá ter motivos para se justificar diante Dele.
Como também não teriam motivos para o faziam como:
Trocando de Amores (vv.9-19).
Abandonaram ao Senhor. Trocaram os mananciais de Deus por cisternas Rotas.
Parafraseando esse contexto ver-se que A Doutrina de Deus era deixada de lado. Ir ao Egito aos rios Menfis e Tafnes. Era uma afronta a Deus que os provinha de tudo. Os leões que se lançariam sobre eles, eram os Assírios.
Todo rio para existir precisa de uma fonte geradora. O Eufrates e o Nilo eram fontes de escoamento de águas em grandes abundancia oriundas de suas fontes.
Deus estava dizendo trocaram a minha fonte, a minha doutrina o meu ensinamento e se desviaram após outros deuses tais como: baal e etc. logo ver-se de estão sendo acusados.
Chamado ao Arrependimento (Cap. 3.14 a 4.4).
A situação que o Senhor se coloca é complicada diante de seu povo. Porém se Deus não os amasse, jamais se colocaria nesta posição, de marido deixado por causa da infidelidade da esposa. Essa situação foi exemplificada por Oséias. A prostituta que se desvia do marido e depois e resgatada pelo próprio, era Israel.
Deus é enfático: Vocês se prostituíram diante de mim... Por causa de vossos adultérios, eu os despedi e dei-lhes cartas de divórcio... Mais mesmo assim Deus ainda estava disposto a resgata-los e ama-los novamente da mesma forma como antes. Que Deus é esse? Sim! O povo é exortado a arrependerem-se.
Veja a declaração do Senhor a eles: “Convertei-vos a mim, e os trarei de volta como vosso marido”. Suma: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração”.
*Bom! Já que estamos falando de corações, como estava o de Jeremias esperando uma conversão de seu povo depois de uma declaração destas?
O coração do profeta e a angustia de Deus (Cap.4.5 a 6. 1-30).
A insistência do povo em continuar pecando ignorando os avisos de Deus. Vai levar o profeta a continuar sua saga profética, e novamente o Norte se levantaria como agente de Deus para puni-los.
Obs: A Visão do profeta é tão intensa. Que ao vê a Terra devastada. Angustiou lhe o coração ao ponto deste grita: Há meu coração, meu coração! Contorço-me em dores (Jr Cap. 4.19). Jeremias parecia que ia enfartar de tanta angustia. Depois de profetizar, ele não esconde sua ira, sua indignação, contra a dureza de seu povo diante de Deus.
É como veremos a seguir...
III- O Povo e o Templo. (Cap. 7-10).
Foco: Todo o povo. A Revolta de Jeoaquim com o Profeta. A Intervenção de Aicão.
O Templo era o novo ídolo do povo. (Cap. 7 e 26). Sim! De fato o templo era o mais ovacionado lugar de Adoração do povo. Uma verdadeira obra prima de exuberante beleza e esplendor. Orgulho da nação. O Fato é: o mesmo jamais seria destruído por se templo do Senhor (Cap. 7.4).
Porém: As solenidades festivas que se celebravam nele fugiam de sua verdadeira finalidade. O Templo era só um lugar onde o povo se ajuntaria com a finalidade (sim) de Adorar somente a Jeová.
Como Profetizar a destruição de um lugar de tamanha importância para o povo?
*Sem mexer com a integridade dos mesmos? E como diz o autor (Pag. 73). Um homem sozinho contra uma nação inteira. Veja bem: o templo era quase como um ídolo literalmente no meio do povo (Cap 7. 14). Não havia muita diferença entre este santo lugar e os ídolos que os mesmo insistiam em adorar, mesmo quando repreendidos duramente pelo Senhor.
Obs: O Povo que neste lugar de tamanha honra se ajuntavam para adorar e sacrificar, eram os mesmo que depois dali se desviavam após outros deuses, sem o menor peso na consciência, pois diziam somos livres para fazermos o que quisermos. (vv.9,10-14). O Templo não era mais visto por Deus como sua casa, mais como uma caverna de salteadores. Que roubavam a glória do santo lugar e a transferiam para os Ídolos tais como: Baal um dos principais deuses cananeus e a Rainha dos Céus (Astarte).
A Rainha dos céus?
*Sim! Uma deusa antiga, oriunda do mito Cananeu cujo nome era Ashtart (Astarte), cultuada como a Rainha dos Céus literalmente, é focada aqui pelo profeta. Veja bem: Neste contexto o deus Baal, aparece como rival de Yavé (Jeová). Segundo o Mito Cananeu, Baal era casado com Astarte, conhecida no Egito como Anat, a deusa da fertilidade. Ambos eram vistos como um casal Divino.
*A popularidade de Astarte (Vejam: a figura dela ao lado, asas e pés de coruja. Esta deusa ai esta mais pra deusa coruja do que pra rainha dos céus)... Sim! Sua Popularidade como dizia: se Igualava a de Baal no contexto da adoração. A mesma chegou a se rivalizar ao próprio Deus Israelita da mesma forma que seu esposo Baal. Era para esta deusa que os Israelitas estavam oferecendo sacríficos, ofertas e manjares, atos que só serviam para enfurecer ainda mais o Deus verdadeiro.
*Alguém no contexto desta realidade vai pensar que Deus, esta sendo um Deus ciumento. E de fato: Deus não queria vê seus filhos se dirigindo a Ele e em seguida se dirigindo a outro deus ou deusa, fazendo as mesmas petições. Seria não acreditar piamente em seu favor. Por que poderiam dizer: Foi Baal que nos concedeu afinal pedimos a ele primeiro, ou por ultimo e ele nos atendeu.
Os sacrifícios Rejeitados por Deus
O Altar estava sendo profanado por sacrifícios e sacrificadores desviados da glória de Deus. Note: O povo achava comum dividir Deus com os mesmos deuses pagãos que exigiam sacrifícios profanos (como já disse). Nos Altos de Tofete situado no vale de Hinom, Israelitas desviados da glória de Deus sacrificavam seus filhos e filhas a deuses profanos (v.31). Na figura representativa ao lado ver-se um ato sacrificial, onde uma criança esta sendo jogada diante da entidade profana em meio às chamas. Isto era comum ao Deus Moloque. No entanto outros deuses a maioria claro, exigiam esse tipo de sacrifício de seus súditos,
Aonde o povo havia chegado? Essa era uma proibição clara dentro da Lei. Ao se renderem a este tipo de profanação, significava uma coisa estavam desviados, e longe de Deus ao extremo.
O Juízo virá.
A chave: Põe-te a Porta do Templo e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a Palavra do Senhor, todos de Judá...
Não confieis nesta expressão: Templo do Senhor, Templo do Senhor é este...
Era necessário Emendar (concerta) os caminhos e as obras para serem verdadeiros adoradores naquele lugar.
Logo: O próprio Deus estava dizendo o templo não salvará vocês de meus juízos. Suma: não adianta se fiarem nele como proteção, por que removo essa proteção uma vez que vocês o tem maculado. *Essa era verdade!
Sim! Neste contexto o profeta se ponhe a porta do templo para protestar contra o povo e seus atos comportamentais que feriam a glória de Deus e maculavam o santo templo. Por esta razão o templo seria destruído. Afinal a glória era de Deus, e para Deus.
Haveria duro castigo para os desobedientes: “Serpentes e basiliscos” seriam agentes de Deus contra a rebeldia do povo (Cap. 8.17). Sabe - se que Deus usa muito de linguagem figurada. Neste caso A Serpente e o Basiliscos, eram nações caldeias, que seriam levantadas para aplicarem dor e sofrimento ao povo. Síria e Assíria que mais tarde engoliu a Síria. E logo após seria a vez de Babilônia.
Deus procura uma forma de castiga-los sem destruí-los:
Se bem que esta fosse sua primeira intenção: Mais sua mente Divina pairava nas palavras de um Servo (Se Ele me permite dizer: Moisés). Não os destrua, foi um pedido de Moisés.
Note por que: Povo, adúlteros, de línguas afiadas, mesquinhos. Não os castigarei por isto? Farei deles uma assolação. Jerusalém será derribada e transformada em um montão de pedras. Era o juízo de Deus. (Cap. 9.7-22).
Suma: Lembra que disse: Que alguém iria chamar Deus de ciumento? Pergunto: teria como Deus não se indignar com os atos deste povo?
Logo: Deixa esclarecer: ciúmes? Até poderia se. Porém o que levava Yavé a agir da forma como agiu, não foi ciúmes, mais sim afronta. Sim! Ele estava sendo afrontado pelo seu próprio povo. E toda afronta a Ele tem Resultados trágicos.
A Dor do profeta.
Jeremias, Lamenta a rebeldia dos líderes de Jerusalém. Diante disto sua maior dor é vê, o que o povo não queria vê. “Uma Iminente Destruição”.
Enquanto isto o povo se fiavam nas promessas de falsos profetas.
Note então que: Diante disto Deus diz: “Os Fundirei e os provarei...” O Autor usa o termo; Acrisolar que sig. Depurar no fogo para tirar todas as impurezas no bronze e no ouro.
Lembrando que: O ouro, símbolo do poder e da glória tanto na terra como nos céus. Representava que após serem fundidos pelo fogo da provação, seriam livres de todas as máculas da rebeldia. Olhando para o bronze que tinha o mesmo destino no fogo para serem purificados, ver-se, a justiça de Deus sobre eles.
A glória do homem.
Alcançando-os por meio da fé. Um conselho de Deus: “Mas se alguém que gloriar-se, que se glorie-se em entender, e em me conhecer, que Eu Sou o Senhor”... (Cap.9.24). Veja Pag.74 do livro às letras “E” e “F”. Já foram comentados os assuntos destes tópicos.
Desmoralizando os ídolos dos pagãos.
O (Cap. 10 1-16). Mostra a crendice do povo face o verdadeiro Deus. O Autor aproveita PARA FRISAR novamente a Rainha dos céus. Usa a expressão mãe de deus. E insere a pratica nos moldes do que se vê ainda hoje em dia, em face de: a Chamada Igreja do Senhor.
Note: No tópico acima mencionamos a origem do termo “Rainha dos céus”. Agora o termos “Mãe de deus”. Vai antes da Rainha dos Céus. A deusa que ocupava essa posição era chamada pelo nome de Asherah. No Mito Fenício Asherah era consorte de El e mãe dos deuses. Segundo a ideologia dos ídolos foi associada a Qetesh deusa egípcia. Asherah dentro deste conceito era a benevolente mãe que intercedia pelos seus filhos; (Isso lembra quem hoje em dia)?
Veja seus títulos.
Mãe dos deuses.
Intercessora.
Lembrando que a cultura grega também tinha uma rainha dos céus e mãe dos deuses. Diana ocupava essa posição como a benevolente Rainha dos céus a quem chamavam na de “TEOTOKOS”. Mãe de deus”. Essa questão fantasiosa que hoje faz parte do conceito religioso do povo brasileiro tem uma origem dentro do paganismo. E como se pode vê não existem bases Bíblicas para serem seguradas.
Obs: Que para este titulo de Mãe dos Deuses Diana ganhou uma versão meio bizarra dentro do paganismo (Grego). Veja a figura que passaram a usar sobre ela quando a chamavam de: TEOTOKO. Cheia de Seios.
Com essa imagem tosca vamos encerrar essa primeira divisão do livro de Jeremias.
Segunda parte do Livro de Jeremias.
*Não sei se deu par notar que estou usando os mesmos tópicos do livro, claro, sobre algumas relutâncias, confesso. Mais faço isto apenas para que o aluno se sinta situado ao contexto do livro. Porém tenho tomado a liberdade de visualizar cada tópico e contextualiza-lo sobre uma nova avaliação sem invalidar ou tencionar desmerecer o conteúdo do livro. Fazendo assim tenho adaptado os argumentos, para que o aluno tenha uma visão mais completa do assunto em evidencia. Boa leitura e bom aprendizado. *Jose Francisco – o servo.
Contato: (Pag.75).
I – OS SENTIMENTOS DO PROFETA.
A vida solitária do profeta.
Jeremias vai se declarado aqui como amigo do rei. Porém foi mal entendido tanto pelo rei como pelos sacerdotes da tribo de Levi.
Mesmo assim Jeremias clama e desabafa com Deus. O próprio Deus o impede de clamar, dizendo que havia rejeitado o povo. O Autor vai dizer que Jeremias apesar de ouvir Deus lhe dizer isto ainda assim continua orando. (Jr 14.11).
Jeremias encarna as dores do povo. (10.20).
Jeremias escreve com expressão de choro (14.17,18;15.10).
Jeremias tenta mostra-se Simplório e inocente (11.18,19).
Argumentos entre Jeremias a Deus e vice – versa.
Aqui, o autor discursa entre Deus e Jeremias. Moral Argumentar com Deus quando O mesmo já havia deixado claro que a atitude do povo estava afastando eles de sua Santidade e lei cada vez mais, era impossível. Por mais que o profeta expusesse suas dores, quem sabe na tentativa de convencer Deus. Estava sendo em vão. Sim! A Atitude de Jeremias se assemelha com a de muitos de nós, quando queremos que Deus haja, com favor e amor, e tudo o que Ele faz é permitir que sejamos mais assolados.
Se pretendemos argumentar com Deus, sejamos no mínimo coerentes com nossos argumentos.
Os argumentos de Jeremias com o povo.
Resumindo: Jeremias vai exortar o povo advertindo-os. (Cap.13.18-27).
As orações do Profeta.
Jeremias vai orar, mais não vai ouvir o que desejava... (O autor vai dizer e com isto Deus vai fazer Jeremias Gemer). Cap.11.14;14.7-12;15.1).
O Carinho de Deus pela nação de Judá. (Cap. 12).
Apesar de Rebeldes: Deus ainda os chama de “Amados”. E se vê obrigado a abandona-los (claro para um bem maior).
Terceira Parte do Livro de Jeremias.
As lições de Deus a Jeremias.
O Cinto de Linho e a Jarra de Vinho (Cap.13.1-14). O Cinto de linho enterrado as margens do Eufrates, depois de um tempo apodrece e Deus dar-lhe o significado da Símile que usara Jeremias para argumentar ao povo.
O Apodrecimento tratava-se do estado do povo diante de Deus, por insistirem em suas rebeldias.
A Jarra de vinho. (cap.13.12-14). A Embriagues do vinho os faziam perderem a noção. Os cacos eram o resultados das intrigas e inimizades que se apoderavam deles, deixando-os agirem por soberbas e menosprezo.
Jeremias visita a olaria da cidade. Na verdade Deus lhe manda ir à olaria.
O Episódio da olaria é uma das mais lindas ilustrações usada por Jeremias. Há uma mensagem muito profunda que vai além da mera natureza humana neste contexto.
Jeremias é convidado a ir a casa do oleiro pelo próprio Deus. Chegando lá Deus lhe revela a mensagem que o mesmo haveria de trazer desta vez. (Cap18. 1-17).
A Botija quebrada (Botija ou vaso).
A botija quebrada nos fala do orgulho e da soberba que se apoderava do povo.
A Visão de dois Cestos de figos.
Ver o (Cap.24. 1-10). Dois cestos: Um com Figos bons e a outra com figos ruins que não se podia comer. O Certo de figos bons é uma alusão aos exilados de Judá. Estes seriam trazidos de volta à pátria e plantados novamente. Mais os ruins Assim com Zedequias representavam aqueles que não teriam o prazer de reviver o favor de Deus por conta de suas maldades. Virariam escárnios e sucumbiriam sobre a terra. Esta é a Interpretação correta dos (vv.5-10).
Os Canzis Simbólicos (Jugos).
O Autor usa o nome canzil para se referir a jugos que foram representados por alegorias nestes capitulo alguns já até mencionado (Caps. 13,18,19 e 27). Bom! Não haveria necessidade de repetir isto mais, amém! Vamos ao que interessa.
Quarta parte do Livro de Jeremias.
O cerco a Cidade de Jerusalém.
Pasur- o mensageiro do Rei (21.1-14).
Profecia contra os Reis, filhos de Josias (Cap. 22.1-30).
Setenta anos de Cativeiro (Cap.25.1-14).
Jeremias compra as terras de seu tio em Anatote (Cap. 32.1-44).
Dois fatos: A interrogação de Jeremias a Deus. (Cap. 32.16-25)
A Resposta de Deus a Jeremias. (Cap. 32.26-44).
Quinta Parte do Livro de Jeremias.
Hananias, o falso profeta inimigo de Jeremias (Cap. 28. 1-17).
Jeremias profetiza com os canzis ao pescoço.
Jeremias envia carta aos cativos na Babilônia (Cap.29).
A Carta aos exilados que estavam na babilônia.
Promessas do retorno do povo (Cap.30,31e 33).
Os recabitas: Exemplo de fidelidade aos votos de seus pais. (Cap.35.1-19).
A Palavra de Deus desprezada (Cap.36)
Jeremias ordena a Baruque para que leia o rolo de suas profecias ao povo (vv.1-10).
Micaías relata o que ouviu de Baruque aos Príncipes (vv.11-19).
O Rei queima os rolos de profecias (vv.20-26).
O Rolo é reescrito novamente por Baruque (vv.27-32).
Jeremias profetiza para Baruque (Cap.45.1-5).
Sexta parte do livro de Jeremias.
O Cálice da ira de Deus na mão de Jeremias.
Note do Cap.46 ao 50 temos uma Relação de Nações sentenciadas pelo Senhor.
Egito, 2- Filistia, 3- Moabe, 4- Amon, 5- Edom, 6- Damasco, 7- Síria, 8- Arábia, 9- Elão, 10- Babilônia.
Sétima parte do livro de Jeremias.
A Queda de Jerusalém. (Cap.52).
Jerusalém é cercada e tomada por Nabucodonosor. Para validar esta cena. O autor retrocede ao cap. 37, e menciona uma guerra entre o Egito e os Caldeus. Enquanto o povo achava que o profeta mentira. Jeremias ratifica o retorno dos Caldeus.
Os acontecimentos durante a invasão e após o exilio.
1- O povo é levado.
2- Jeremias é deixado na terra.
CONCLUSÃO: O profeta Jeremias, chamado de chorão.
apenas mostra nos o real interesse de Deus em relação ao seu povo.
CONCLUSÃO: O profeta Jeremias, chamado de chorão.
apenas mostra nos o real interesse de Deus em relação ao seu povo.
Seu livro é visto, sim, como o segundo livro maior.
Seu nome parafraseia um significado palustral: “O Senhor é Exaltado”. como vimos começou a profetizar cedo e o fez por cerca de 40 a quem diga ate, 50 anos. suas profecias começaram de fato 70 anos depois de Isaías. Mais ele lembra de Isaías e o coloca entre os profetas antigos: O mesmo começou a ser usado pelo Senhor nesta área por volta do ano 629 a.C. No decimo terceiro ano de Josias. Sim! Jeremias além do tempo de Josias profetizou ainda nos períodos de Jeoaquim e Zedequias. Foi contemporâneo de Sofonias e Habacuque. Ainda no final de carreira contemporizou-se a Daniel e Ezequiel. Claro que estes dois estavam focados nas terras de Babilônia, e não junto a Jeremias.
Jose Francisco - o servo.
Muito bom interessante como Deus o amava seu povo 👐
ResponderExcluir